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Santo Antônio de Pádua realiza pelo 13º ano a Procissão do Fogaréu

No dia 11 de abril, segunda-feira santa, as ruas e praças de Santo Antônio de Pádua foram iluminadas pelas tochas dos quarenta Farricocos que encenaram a busca e prisão de Jesus na tradicional Procissão do Fogaréu.
Esta celebração nasceu em países ibéricos como Portugal e Espanha. No Brasil, temos registros de sua realização desde o século XVII em alguns estados como Rio de Janeiro e Bahia. Entretanto, foi em 1745 através de um padre espanhol que esta celebração foi iniciada no estado de Goiás e sua prática atravessou séculos. Depois de anos, quando já não era mais efetuada, conseguiu ser reativada, através de um grupo de moradores de Goiás que criaram a OVAT (Organização Vilaboense de Artes e Tradições).
A indumentária dos farricocos (os encapuzados da procissão) tem sua origem nas vestimentas dos penitentes do período medieval que cobriam seus rostos nas procissões como forma de cumprirem suas penitências públicas. Na Procissão do Fogaréu, os Farricocos representam os soldados que vão prender Jesus, personificam o pecado e o mal.
Realizada desde o ano de 2009, a celebração foi interrompida durante dois anos devido a pandemia. Em 2021 foi produzido o documentário “Chamas da Fé”, através da lei Aldir Blanc, disponível no canal da Secretaria Municipal de Cultura de Santo Antônio de Pádua, na plataforma Youtube. Este ano, com o retorno, a procissão trouxe inovações quanto a sua encenação, com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura.
Durante o evento, foram encenadas passagens bíblicas como a conspiração dos sumos sacerdotes e Judas vendendo Jesus. Uma das inovações deste ano foi a cena da agonia de Jesus no Jardim das Oliveiras e o anjo que o conforta apresentando o cálice enviado pelo Pai Celestial. Ao final, todo o público pode contemplar o estandarte que representou Cristo preso pelos farricocos.
A procissão contou com a participação de centenas de fiéis e com pregações realizadas pelos sacerdotes da Paróquia Santo Antônio: O pároco padre Paulo Henriques Barreto e o vigário padre Adriano Pessanha.
O Padre Paulo Henriques destacou a importância do evento e agradeceu a todos que participaram. Também gratificou o organizador José Alencar Mangia Junior, que ressaltou a relevância desta celebração no calendário religioso, turístico e cultural, um evento que abrange mais de 70 pessoas envolvidas diretamente.
Texto: José Alencar Mangia Junior


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